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17 de abril de 2016

Universos

Há alguns dias atrás, estava dando uma fuçada no meu facebook, vendo posts e compartilhamentos antigos, quando de repente vejo uma postagem que tinha compartilhado a algum tempo. Me lembro muito bem do dia em que vi essa matéria no Hypeness, de um jovem brasileiro que usa o universo para retratar a Beleza Afro e Celebrar a Diversidade. Claro que cliquei imediatamente no link, e me deparei com coisas LINDÍSSIMAS:
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Assim que vi, fiquei completamente encantada com os desenhos. A sensibilidade que o Yo (é o nome do carinha que desenha esses desenhos MARAVILHOSOSSS, o nome dele verdadeiro é Yorhán Araujo, mas acho que podemos chama-lo de Yo), é linda de si ver. Yo criou essa série de desenhos chamada Universos, que tenta (tá conseguindo!) mostrar através de seus desenhos que cada pessoa é um universo, o seu universo particular, e que assim podem ser, quem preferirem ser. 

Acho isso muito legal. Muitas pessoas não se sentem representados pelos personagens que vemos na TV, eu mesma não me sinto representada. Várias vezes já tentei ser como àquela princesa da disney, mas ela não tinha nada haver comigo (pelo menos não por fora, mas por dentro sim, mas quando somos crianças não vemos por esse lado). E ver pessoas fazendo isso, desenhando cabelos, traços, cores... como as minhas, é muito importante. Acho que ai batemos numa tecla, que tem que ser batida todos os dias, a tecla da representatividade. Isso é muito importante, representar pessoas de todos os tipos. De todos os tipos de cabelos, de cores, de raças... isso é importante, para que não haja o efeito da exclusão. E isso o Yo está fazendo muito bem. 
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Realmente os desenhos com efeitos do universo nos cabelos é belíssimo, e muito representativo, chega até emocionar ver isso. A cultura negra sendo representada, sendo mostrada é lindo.

Pra quem quiser saber mais sobre essa linda série chamada Universos que o Yo criou, pode dar uma olhadinha lá no facebook do próprio Yo, e no instagram também. O Yo também criou outra série que é muito divertida, e que vale a pena ser vista. Eu mesma me identifique com várias coisas da série, que se chama Devaneios com Sigmud e Freud

Vimos que os desenhos do Yo além de lindos são muito representativos e importantes, para todos nós sermos que somos. O nosso próprio universo particular. Pois os deixo agora com essa linda mensagem abaixo:
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~~~♥~~~

Até a Próxima.

3 de abril de 2016

E aí?

Ela disse: Bom Dia!
Ele disse: E aí?
Ela não sabendo o que responder depois de um simples "E ai?" respondi com um outro: 
E ai?
Ele responde perguntando à ela: Tudo bem?
E ela responde com um simples: "Tudo Sim!"
Depois de uma conversa nada longínqua, fica um silêncio perturbador entre os dois.
E ela fica se perguntando, que deveria ter perguntado se estava tudo bem com ele também, mas não perguntou.
Talvez se tivesse perguntando, a conversa entre os dois teria fluído, e assim ela teria se aproximado mais dele.
O que ela está sentindo por ele não foi paixão a primeira vista, nem a segunda vista... e sim, depois de muitas vistas. Com o passar do tempo ela está vendo ele com outros olhos. E voltando a sentir as famosas borboletas no estômago.
Amanhã ela vai vê-lo de novo, e quem sabe depois dela dizer: Bom dia?, e ele perguntar: E ai?, E ela dizer: E ai?, ele dizer: Tudo bem?, e ela dizer: "Tudo Sim", e ai sim, ela pergunta: E com você?


~~~♥~~~

2 de abril de 2016

O Diário de Anne Frank

Hello, it's me! Eu sei, eu sei está é a famosa música da Adele que eu, você e mais o mundo inteiro já cantou, ou já si pegou com ela tocando dentro da cachola; mas eu estava aqui pensando num jeito de começar este post, depois de um tempinho longe deste recinto, e isso foi a primeira coisa que veio a minha cabeça, comunicando-lhes que eu ainda estou aqui. Como alguns de vocês que leem o blog (e os qui ainda não sabem, e os qui também não leem, não importa!) sabem que no último post comentei que finalmente (obrigada senhor!) consegui um emprego e que depois disso o meu tempo não está mais tão disponível assim. Mas hoje não vim falar disso, apesar de tudo estar muito corrido e, que o tempo que eu tenho de sobra só me da vontade de dormir e nada mais... Mas hoje vou falar do último livro que li, O Diário de Anne Frank.
Eu demorei bastante tempo para ler este livro. Pra vocês terem uma ideia, comecei a lê-lo no fim do ano passado, e só acabei agora, no começo de março. Talvez tenha sido falta de empenho minha, mas também acho que existem livros que faz com qui queremos lê-los devagar, sem pressa... desfrutar daquela obra que está em nossas mão. Lê-la tim tim por tim tim, com calma e tentar absorver tudo o que ela tem a nos oferecer. Até agora estava muito em dúvida se viria ou não resenhar este livro aqui. Afinal de contas se trata de uma história real, tudo o que está escrito nele aconteceu de verdade, e isso mexe comigo. Não posso julgar uma obra com fatos reais. E até agora eu não sei si tenho capacidade de resenhar este livro. Mas vou tentar por que quero deixar gravado aqui nos arquivos do blog, que ele esteve aqui, e que o li.
Todos nós sabemos a história de Anne Frank, durante o período em que viveu, junto com sua família e mais algumas pessoas, dentro de um sótão (anexo secreto) num prédio que servia de sala comercial de um dos amigos da família e, com o apoio de alguns outros amigos. Todos nós sabemos que isso aconteceu durante o período da segunda guerra mundial, quando a Alemanha Nazista queria dominar o mundo, e para que somente existissem pessoas que fossem da sua raça ariana. E nós só sabemos que existiu uma Anne Frank, porque ela escreveu este diário durante os dois anos que ela viveu escondida, junto com sua família e mais essas pessoas dentro do anexo.

Acho que teve um propósito - inexplicável- de Anne ter ganhado este diário, dias antes de ir para o anexo. Já pensaram se ela não tivesse ganhado esse diário no aniversário dela? Se ela não escrevesse um diário? Lógico que existem outras histórias de pessoas que viveram nessa época, e que são tão verdadeiras e importantes quanto a de Anne. Mas, já pensaram se ela não tivesse ganhado este diário e, assim não ter escrito nada? Fico pensando nisso de vez em quando, até pode parecer idiota, mas precisava colocar isso aqui.

Tudo o que Anne via, sentia, falava, fazia...Todas as discussões, brigas, xingamentos, medos, angústias, relatos da guerra, felicidades sentidos...tudo o que ela era, tudo o que ela sentia vontade de dizer, colocar pra fora ela fazia com Kitty (nome que deu para o seu diário). Anne tratava o seu diário como uma verdadeira amiga, uma amiga que nunca tinha tido antes, e que através deste diário conseguiu uma.
Anne era apenas uma menina. Uma menina que estava saindo da infância para entrar na adolescência, que todos nós sabemos que é uma das fases mais difíceis da vida. E si já não bastasse ter que lidar com isso dentro dela, ainda tinha o mundo que estava em guerra. Não consigo imaginar o quão difícil era passar por tudo isso. Ter que reprimir o que estava acontecendo dentro de você, porque as pessoas lá fora estavam matando os qui consideravam "inferiores". Porque aquilo lá fora era mais importante - e de fato era importante - mas o qui estava acontecendo com ela também. E ela não podia falar sobre isso, porque se falasse os "adultos" iriam dizer que estava com frescura. Não os julgo, mas acho que é preciso-principalmente nessa fase da vida- toda a compreensão dos pais, mesmo que o mundo esteja em guerra, aí é preciso mais compreensão ainda. Si para os adultos é difícil, imagine para uma criança que está entrando na adolescência? E é disso que Anne si queixava muito em seu diário, a falta de compreensão.

Tenho que admitir, que em alguns momentos também não a compreendia muito. Ficava pensando: Como você pode julgar os seus pais? eles estão fazendo de tudo para sobreviver e fazer com qui você sobreviva também? Mas depois parava pra pensar que ela até podia estar errada em alguns momentos, mas não era culpa dela. Si eles estavam pedindo que ela os compreendessem, eles também tinham que compreendê-la. 
Anne não tinha um péssimo relacionamento com seus pais. Ela era mais apegada ao pai, do a mãe, mas isso é normal. Antes da guerra, e assim irem para o anexo secreto, eles eram super apegadas uns aos outros. Mas, depois que a guerra começou e foram para o Anexo, as coisas mudaram um pouco. Anne ficou cada dia mais distante de sua mãe e mais apegada ao pai. Com o passar do livro a gente vai vendo umas tentativas de aproximação das duas, e às vezes um distanciamento do Pai. Anne também tinha sua irmã Margot, que não eram super amigas, Anne até fala no livro que as duas são super diferentes, mas que sabem que podem contar uma com a outra.

O que mais me chamou atenção no Diário de Anne Frank, foi a esperteza de Anne. Anne era uma menina orgulhosa, não dava o braço a torcer. Sempre matinha a sua opinião e na maioria da vezes sem achava que a dela era a certa. Mas, apesar de sua pouca idade, Anne era muito (mas muito) madura. No Diário, ela fala coisas que me deixaram pasma. Nem eu com 18 anos tenho essa maturidade que ela tinha com 14/15 anos. Anne, queria viajar, estudar, conhecer o mundo, ela pensava a frente de seu tempo. Não queria ser igual sua mãe -como ela dizia - ficar em casa, ter filhos e cuidar do marido... ela queria viver. Anne não apenas escrevia, ela escrevia muito bem. No Diário ela diz, que queria ser escritora quando acabasse a guerra. Fico imaginando que com toda a certeza ela teria sido uma grande escritora.

No livro Anne tem vários momentos bons e ruins. Tudo o que ela vivia, ela contava a Kitty. Suas brigas com seus pais, com os Van Dean - a família que morava com eles - as brigas com o Sr. Dussel - outra pessoa que morava com eles. Mas, também aconteciam coisas boas. Momentos de risadas, brincadeiras que ela fazia questão de registrar em sua diário. O momento que ela se viu apaixonada por Pitty - filho dos Van Dean. 

Uma vez eu vi num blog - fotografario - que a dona tinha lido este livro, e ela estava contando como foi lê-lo e no final ela dizia bem assim: Dá um sentimento ruim no final, por não ter um final- E foi exatamente o que eu senti. Dá esse sentimento ruim, por ele não ter esse final. Quando cheguei na último página e estava escrito fim, sei muito bem que não acabava por ali, ela poderia ter continuado escrevendo. Fico pensando se eles não tivessem sido denunciados? Se eles continuassem escondidos até a guerra acabar? Anne teria vivido todos os sonhos que existia dentro dela. Todas as pessoas que morreram teriam vividos todos os seus sonhos. Mas infelizmente, com Anne e as pessoas que estavam com ela no anexo, isso não aconteceu.

A vontade do ser humano de querer sempre mais, pode acabar com a vida de milhares de pessoas que não tem nada ver com isso. Que não teem culpa de terem nascido quem são, ou de pertencerem a alguma religião. Elas só querem viver suas vidas em paz, como todo mundo quer. Que tenhamos um mundo mais tolerante, com compaixão ao próximo e com muito amor. Que não existam mais histórias como a de Anne Frank, mas que a história dela e de milhares de pessoas que morreram por causa da ganância de outros, nunca seja esquecida. Para que assim, essas histórias nunca voltem a acontecer.


Até a Próxima